Modernização exige qualificação de porteiros

Modernização exige qualificação de porteiros

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

A figura do porteiro clássico esta mudando (Ilustração: www.porteiroze.com)
A figura do porteiro clássico, responsável apenas por liberar a entrada de pessoas no interior do condomínio e separar as cartas para os condôminos, está deixando de existir gradativamente, dando lugar a profissionais mais completos, com outras atribuições. É o que diz o presidente do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), Luiz Carlos Borges da Silva. “Os porteiros precisam desenvolver outras técnicas. Ser educado e solícito deixou de ser o principal requisito para quem deseja atuar na área. Hoje é preciso saber usar aparatos tecnológicos e mesmo aprimorar aspectos de relacionamento humano para atender melhor o público.”
Vladinei Farínea trabalha há 10 anos como porteiro e conta que nos últimos três anos vem sentindo necessidade de aperfeiçoamento constante. “Para começar na profissão fiz um curso básico, depois participei de uma reciclagem. Em 2007, quando o condomínio em que trabalho instalou um sistema de segurança com câmeras, precisei frequentar um curso para aprender a mexer nos equipamentos e fazer manutenção”, diz.
Ele participou, na última semana, do curso Aperfeiçoamento em Técnicas de Portaria, promovido pela Universidade Livre do Mercado Imobiliário e Condo­­minial (Unihab), instituição ligada ao Secovi-PR, que reuniu cerca de 100 porteiros atuantes em Curitiba e região.
“A imagem que se tem da profissão ainda é muito carregada de preconceito, mas cabe à classe mudar essa questão. No curso mostramos para os profissionais que trabalham em condomínios as técnicas de atendimento utilizadas nos hotéis”, explica o consultor do Secovi e professor do curso, Adriano Araújo Scham­­povski.
Para ele, pouco a pouco as pessoas começam a perceber que a portaria é por onde começa a segurança de um prédio ou de uma empresa. “Nos processos seletivos organizados por administradoras de condomínio, os candidatos são cobrados em quesitos que vão desde a boa aparência até ensino médio completo e conhecimentos em informática”, diz.
A falta de mão de obra com capacitação específica leva alguns condomínios a optar por candidatos formados em escolas de vigilantes. “A empresa que instalou as câmeras e o alarme no edifício onde trabalho dispõe de vigilantes. Para evitar essa substituição é que procuro me aperfeiçoar sempre”, argumenta Farínea.
Novo mercado
Um levantamento do Secovi mostra que há aproximadamente 30 mil trabalhadores nos 8.500 condomínios de Curitiba e região. Cerca de 30% trabalha em portaria ou tem contato com as práticas diárias de um porteiro. O salário mé­­dio é de R$ 623, sem contar as ho­­ras ex­­tras. “Alguns condomínios chegam a pagar mais de R$ 1.000 por mês a profissionais completos”, co­­menta Borges da Silva.
Ele sugere ainda que a qualificação deve ir além da portaria, estendendo-se para a manutenção de piscinas, projetores de vídeo e equipamentos de ginástica, por exemplo. “Tivemos em Curitiba o lançamento de inúmeros condomínios com o conceito clube. Nesses locais serão necessários mais funcionários. Os postos de trabalho possivelmente fechados nas portarias serão repostos nessas novas funções”, explica o dirigente.
Durante este ano, a Unihab deverá oferecer outros 10 cursos voltados a porteiros e zeladores, tratando de temas como segurança, atendimento e manutenção predial. Os profissionais que trabalham em condomínios associados ao Secovi-PR têm acesso gratuito aos cursos. Mais informações podem ser obtidas no site www.secovipr.com.br
Fonte: Gazeta do Povo

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